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Uma mulher, que o marido mandou matar, foi ao funeral dela mesma

O funeral de Noela Rukundo foi evitado pela própria, que compareceu para provar que estava viva. A mulher apareceu para surpresa do marido, que tinha pago mais de 4000 euros a um grupo de homens para a matar. Para azar dele, o grupo conhecia o irmão de Noela Rukundo…

Um funeral na Austrália está a correr o mundo por se ter tornado num caso de polícia tão insólito como improvável. Ocorreu há cerca de um ano, mas só agora se tornou público.

Noela Rukundo apareceu no próprio funeral para mostrar que estava viva, para enorme surpresa do marido, que tinha encomendado o assassinato.

“Surpresa! Estou viva”, afirmou a mulher, deixando Balenga Kalala, o marido de ‘luto’, em estado de choque.

A burla

A presença da mulher no suposto funeral dela foi, para além da vingança da vítima, uma burla.

Isto porque Balenga Kalala tinha pago cerca de 7000 dólares australianos (à volta de 4500 euros) a um grupo de homens para que este matasse Noela Rukundo.

“São os meus olhos? És um fantasma?”, chegou a questionar o homem, segundo a BBC.

Neste entretanto, a ‘morta’ chamou a polícia.

A encomenda

Balenga Kalala, natural da República Democrática do Congo, chegou à Austrália como refugiado, tal como Noela Rukundo, natural do Burundi.

Há 11 anos, os serviços sociais designaram Rukundo, que era mãe de cinco filhos, para auxiliar a integração de Kalala, que não falava inglês.

A relação evoluiu e os dois refugiados casaram-se e tiveram três filhos.

“Eu sabia que ele era um homem violento, mas não acreditava que ele podia matar-me”, argumentou a mulher, revelando à BBC que Kalala fugiu da aldeia após um ataque no qual morreram a mulher e o filho.

O homem encomendou a morte de Noela Rukundo quando esta regressou ao Burundi, por altura do funeral da madrasta.

Em Bujumbura, Kalala convenceu a mulher do hotel a sair, ao final da tarde, para “apanhar ar”.

Foi então que um homem armado a ameaçou de morte e forçou-a a entrar numa viatura, onde a mulher foi vendada.

No local para onde a levaram, Rukundo foi questionada por um dos raptores sobre o motivo pelo qual o marido tinha encomendado a morte dela. Mas a mulher só acreditou quando ouviu uma gravação com o marido a dar a ordem: “Matem-na”.

A confissão

A sorte da vítima, como explicou à BBC, é que os homens – que tinham recebido cerca de 7000 dólares australianos pela ‘encomenda’ – disseram “não acreditar” em matar mulheres e, a juntar a isso, conheciam o irmão de Rukundo.

A mulher foi abandonada pelos raptores numa estrada, com um telemóvel e algum dinheiro, tendo então pedido ajuda às embaixadas da Bélgica e do Quénia.

Quando retornou à Austrália, encontrou o marido a fazer-lhe o funeral. Após a saída de alguns amigos, Rukundo entrou em casa e confrontou Kalala.

O homem confessou o crime e foi condenado a nove anos de prisão.

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