Motores

Mudanças nos regulamentos são contraditórias para o diretor técnico da Red Bull

Adrian Newey considera que as mudanças nos regulamentos da Fórmula 1 para 2017 são algo contraditórios, pois o aumento de carga aerodinâmica poderá ser prejudicial para a competição entre os protagonistas.

Para além de uma aerodinâmica mais apurada dos monolugares, os pneus são mais largos, o que poderá ter impacto ao nível das ultrapassagens e o diretor técnico da Red Bull Racing está algo cético.

Newey, que supervisiona o design do novo RB13, está ciente de que as alterações nos carros podem ser mais prejudiciais do que benéficas para o espetáculo na F1.

“Estou dividido. A carga aerodinâmica é um pouco chata. Significa que curvas rápidas com Copse em Silverstone vão ser agora feitas a fundo mesmo na corrida. Curvas rápidas como há algumas, vão passar a ser mais rápidas do que algumas retas”, alerta Newey.

“Os carros vão ser mais físicos ao nível da condução, o que acho ser uma boa coisa, principalmente para os músculos do pescoço. Os pilotos tem de se treinar bastante durante o inverno para terem pescoços maiores. Mas isso torna preocupante ao nível das ultrapassagens, pois significa que as distâncias de travagem vão ser bastante curtas”, prossegue o engenheiro britânico,

“Claro que se pode recorrer ao DRS (sistema de redução de arrasto através de aerofólios móveis), mas para mim o DRS é uma solução para que os carros se ultrapassem mutuamente, e não tem sido algo memorável”, enfatiza Adrian Newey.

“As ultrapassagens de que me lembro são as de há tempos atrás, como a de Mark Webber passando o Fernando Alonso em Eau Rouge (Bélgica em 2011). Foi uma manobra corajosa e bem executada, mas depois na reta seguinte foi devolvida por Fernando recorrendo ao DRS”, lembra o diretor técnico da Red Bull Racing.

Ainda assim Newey tem a noção de que os carros precisam de continuar a ser visualmente esptaculares, de modo a manter os fãs interessados: “Há toda uma discussão se os carros devem ter montes de carga aerodinâmica, possivelmente em detrimento da competição, ou se devemos tirar todas as asas e ficar como antes”.

“Se tirarmos muita aerodinâmica eles vão ficar lentos. Se olharmos para um carros de turismo num circuito ele não é muito entusiasmante de ver. Por isso os carros precisam de ser rápidos porque a televisão tem o efeito de atenuar tudo”, remata o projetista da Red Bull.

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