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Movimento independentista de Cabinda lamenta ausência do conflito na agenda da ONU

O movimento independentista do enclave angolano de Cabinda lamentou hoje a ausência da discussão do conflito na agenda de debates da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), indica um comunicado da direção político-militar da FLEC-FAC.

No documento, a direção político-militar da Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC/FAC) afirma “lamentar” que a resolução pacífica do conflito esteja fora da agenda da reunião, que decorre em Nova Iorque, e onde o Presidente angolano, João Lourenço, “proferiu um discurso elogiando a sua ação governativa”.

“[João Lourenço proferiu um discurso, na quarta-feira,] enquanto prosseguem os crimes e as violações dos direitos humanos em Cabinda”, lê-se na nota, assinada pelo secretário para a Informação e Comunicação e porta-voz da FLEC/FAC, Jean Claude Nzita.

Nesse sentido, a FLEC/FAC apela ao secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, que intervenha a favor de uma solução “pacífica e negociada para Cabinda.

“A FLEC-FAC apela a […] António Guterres, que conhece bem a questão de Cabinda e que, no passado, enviou vários emissários a encontros com a presidência da FLEC-FAC, mas também como conhecedor profundo da situação dramática em que vivem os refugiados cabindenses no Congo e na República Democrática do Congo, que intervenha a favor de uma solução pacífica e negociada para Cabinda”, termina a nota.

A FLEC luta pela independência de Cabinda, território encravado na costa atlântica da República Democrática do Congo (RDC), alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

Emmanuel Nzita é presidente da FLEC/FAC e sucedeu a Nzita Tiago, líder histórico do movimento independentista Cabinda, que morreu a 03 de junho de 2016, aos 88 anos.

Criada em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes fações, efémeras, com a FLEC/FAC a manter-se como o único movimento que mantém a resistência armada contra a administração de Luanda.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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