O Ministério Público requereu o julgamento da vice-presidente da Câmara do Funchal e de um chefe de divisão municipal por homicídio negligente, na sequência da queda de uma árvore de grande porte no Monte, em 2017, foi hoje anunciado.
Segundo uma nota divulgada no ‘site’ da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, Idalina Perestrelo (que detém os pelouros do Ambiente Urbano, Espaços Verdes e Espaços Públicos, Gestão Ambiental e Conservação da Natureza) e Francisco Andrade (chefe da Divisão de Jardins e Espaços Verdes Urbanos) estão acusados de 13 crimes de homicídio negligente e 24 crimes de ofensas à integridade física por negligência.
Em relação ao terceiro arguido, o presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, “foi proferido despacho de arquivamento parcial por insuficiência da prova indiciária”.
De acordo com o Ministério Público, o carvalho que caiu nas Festas da Senhora do Monte, no Funchal, Madeira, em 15 de agosto do ano passado, “apresentava uma arquitetura desequilibrada, pernadas com sinais de doença e cogumelos no colo indicadores de se encontrar atacado de podridões”.
“Ficou suficientemente indiciado o dever de conhecimento pelos arguidos da fonte que risco que constituía a árvore centenária, que aparentava visivelmente ao longo dos tempos sinais de más condições fitossanitárias”, descreve a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.
A queda da árvore provocou 13 mortos e cerca de 50 feridos.
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