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Merkel ataca soberanias nacionais e defende poder de veto da Europa aos orçamentos dos países

Angela Merkel, chanceler alemã, apresentou uma visão polémica sobre o poder da União Europeia perante a soberania dos países. Nesta quinta-feira, no Parlamento alemão, Merkel defendeu o poder de veto de um orçamento de Estado, que pode ser “declarado inválido” caso não respeite requisitos que a Europa considere fundamentais.

Merkel falava no Parlamento da Alemanha, nesta quinta-feira, e manifestou uma posição que promete gerar polémica. A chanceler prometeu bater-se para que a União Europeia tenha o poder de vetar um orçamento de Estado, se esse documento não respeitar as premissas que estiverem estabelecidas.

A visão de Angela Merkel choca com a soberania dos países, cujos governos passam a depender de um crivo europeu, no momento de definirem as propostas de orçamento nacionais. Para a chanceler, os países da União Europeia devem garantir previamente dois fatores: estabilidade financeira e capacidade de crescimento económico.

“Há Estados-membros que não ainda não se encontram prontos para uma medida como esta, infelizmente. No entanto, esta realidade não altera o facto de que lutaremos por isso”, prometeu, na sua intervenção no Bundestag, em declarações reproduzidas pela AFP.

A posição de Angela Merkel surge a poucas horas de começar, em Bruxelas, uma importante cimeira europeia, onde a crise dos países da Zona Euro, sobretudo, será ponto central. A chanceler alemã entende que as dificuldades dos países que partilham a moeda retiram a credibilidade à Europa, pelo que é no seio da União que este problema deve ser resolvido.

Assim, se a proposta de Merkel for avante, os governos dos países perdem poder, sendo que a aprovação de um orçamento passa a estar condicionada não apenas por uma aprovação nas assembleias de cada país, mas por um poder de Bruxelas.

A chanceler quer o poder de “declarar inválido” um orçamento que não cumpra fatores essenciais. E esta visão coloca em cima da mesa – além da natural perda de soberania – uma questão interessante: como avaliaria a Europa, neste hipotético cenário, o orçamento português? Estaria a premissa do crescimento salvaguardada?

Angela Merkel não focalizou os seus ideais em qualquer economia em particular, mas considera que deverá caber ao comissário europeu para os Assuntos Económicos e decisão de aprovar ou chumbar um orçamento.

Os deputados alemães da oposição discordaram de Angela Merkel, o que levou a chanceler alemã a acusá-los de não quererem construir “uma Europa credível”.

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