O emprego é, cada vez mais, uma ‘espécie’ a necessitar de proteção em Portugal. No segundo trimestre deste ano, a taxa registou uma quebra de 4,2 por cento em relação a igual período de 2011, segundo revelou o Eurostat. Isto significa que a destruição de emprego está a ocorrer a um ritmo mais rápido, tanto mais que a taxa igualou os 4,2 por cento do primeiro trimestre – empregos que, por terem sido extinguidos no início deste ano, já não entraram nas contas.
Analisando a evolução do primeiro para segundo semestre, a descida da taxa foi menos acentuada: 0,2 por cento. É a única notícia ‘menos negativa’ dos dados do Eurostat, pois no primeiro trimestre havia caído 1,1 por cento em relação ao final do ano passado.
Os números avançados, hoje, pelo gabinete de estatísticas da União Europeia demonstram que só um país ‘consegue’ destruir mais emprego do que Portugal: é a Grécia, onde a taxa do trimestre foi de nove por cento. A Espanha, de quem se diz ser a próxima resgatada pela troika, registou quatro por cento, encerrando este pódio.
A destruição de emprego é comum à União, onde caiu 0,2 por cento, e à Zona Euro, que registou uma descida de 0,6 por cento. Em Portugal, para inverter essa tendência, foi anunciado pelo primeiro-ministro uma descida da taxa social única paga pelas empresas, que irá reduzir, nas contas de Passos Coelho, o desemprego em um por cento: em vez de chegar aos 17 por cento no próximo ano, o Governo acredita que a taxa ficará nos 16 por cento.
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