Menina nasceu sem língua mas médicos devolvem-lhe a fala após anos de tratamentos

Chama-se Auristela Viana da Silva, tem 23 anos, nasceu no Brasil, sem língua, vítima de aglossia, deficiência congénita que pode levar à morte. A mãe evitou o pior dos cenários e os médicos devolveram a fala a esta jovem, através de um tratamento inovador, apresentado agora na Universidade de Brasília.

Auristela nasceu com aglossia, um problema congénito grave, que se traduz na ausência da língua e que, normalmente, provoca a morte do bebé. As dificuldades na alimentação costumam ser fatais e muito poucos bebés conseguem resistir.

Mas esta jovem brasileira superou essa etapa – a luta pela vida – graças a uma ideia da mãe, que improvisou um biberão, aquando do nascimento da menina, para que o leite pudesse entrar diretamente na garganta. Auristela foi alimentada deste modo, o que lhe provocou muito sofrimento.

Desde logo, os médicos deram início a um tratamento que tinha como objetivo superar as limitações da ausência de língua. Frederico Salles, cirurgião maxilo-facial, revela numa entrevista ao Correio Braziliense de que modo conseguiu aumentar a qualidade de vida de Auristela.

“Descobri uma solução para atenuar a ausência da língua: alargar o osso da maxila, recorrendo a um equipamento semelhante àquele que se utiliza nos hospitais para o tratamento das pernas amputadas”, diz o clínico, àquele periódico.