Resgatar uma criança de escombros, após uma das maiores tragédias de um país é sempre uma bela história para contar. E foi o que aconteceu nas Filipinas, com uma rapariga de 13 anos a sair viva da tempestade. O milagre deu-se na cidade de Tacloban, onde a menor aguentou seis dias e sobreviveu.
Mas esta história tem o lado negro. A menina perdeu a família, à passagem do devastador tufão Haiyan, que espalhou morte nas Filipinas. E viveu ao lado dos corpos de familiares durante os últimos dias.
Chama-se Rebeca e o seu nome foi praticamente a única palavra que conseguiu dizer, em virtude do trauma profundo que viveu e do estado em que se encontra: com ferimentos psicológicos incuráveis.
Nas grandes desgraças como esta há sempre histórias de salvamentos, que atenuam a dor. Mas a sensação de incapacidade para fazer frente às contingências de um país devastado continua inalterada.
Os hospitais não têm capacidade de resposta para acorrer às necessidades de uma população sem teto e a precisar de tratamento. Não existem infraestruturas mínimas. Há crianças com fome, que envergam cartazes com a frase “preciso de comida”, em Inglês. Falam para o mundo, com poucas palavras que dizem tudo.
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