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Ordens dos Médicos e Farmacêuticos contestam suplementos ‘sem regras’

Numa iniciativa conjunta, as Ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos contestam as campanhas publicitárias “enganosas” dos suplementos de cálcio e exigem “regras mais restritivas” para os produtos “alegadamente considerados como dietéticos e suplementos alimentares”.

“Em defesa da Saúde Pública”, os bastonários da Ordem dos Farmacêuticos, Maurício Barbosa, e da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, assinaram um documento conjunto que visa a publicidade aos suplementos de cálcio.

Em causa estão as práticas publicitárias “enganosas” de produtos que, quando consumidos sistematicamente, podem levar ao aumento dos riscos de obstipação, doenças cardiovasculares e pedras nos rins.

“As necessidades de suplementação variam de pessoa para pessoa e dependem da sua condição de saúde/doença, pelo que os utentes devem aconselhar-se com um profissional de saúde previamente à toma de suplementos, para saber se são adequados à sua situação em particular”, lembraram as Ordens.

O comunicado conjunto cita exemplos: consumir uma elevada quantidade de cálcio ou de vitamina D “poderá ser prejudicial à saúde em muitos indivíduos”, enquanto os benefícios da suplementação com cálcio e vitamina D, para a população em geral, “não estão cientificamente estabelecidos”.

Daí que farmacêuticos e médicos defendam que o Ministério da Saúde tem de impor “regras mais restritivas” para a “publicidade dos alegadamente considerados como produtos dietéticos e suplementos alimentares”, quando este tipo de produtos só deve ser usado “com aconselhamento prévio de profissionais de saúde”.

O texto das duas entidades realçou que, por regra, não são precisos suplementos de cálcio ou de vitamina D: “Uma alimentação variada proporciona a quantidade de cálcio necessária ao organismo humano e a simples exposição de braços e pernas ao sol durante 20 minutos por dia, entre abril e setembro, permite obter a dose de vitamina D necessária para todo o ano”.

“O uso indiscriminado e sem aconselhamento de suplementos pode fazer perder um tempo importante, que adie ou impeça o início do tratamento no momento adequado”, alertaram farmacêuticos e médicos, frisando que estes produtos não podem publicitar efeitos de cura, alívio ou prevenção de doenças.

A polémica aumentou de tom depois da Ordem dos Farmacêuticos ter interposto uma providência cautelar para a suspensão imediata dos anúncios ao suplemento alimentar Calcitrin MD Rapid, com o Infarmed, no mesmo dia (sexta-feira), a aconselhar as pessoas a não tomarem suplementos de cálcio para tratarem ou prevenirem doenças.

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