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Médico cubano diz que Saúde podia melhorar na Guiné-Bissau com mais estabilidade

Um médico cubano a trabalhar na região de Gabu, no leste da Guiné-Bissau, considerou que se houvesse mais estabilidade política no país seria possível melhorar o estado da Saúde, sobretudo na erradicação de doenças preveníveis como o paludismo.

Em declarações à agência Lusa, Israel, como pediu para ser identificado, referiu que “há coisas que podiam ser diferentes, que podiam melhorar, pelo menos o estado da Saúde na Guiné-Bissau, sobretudo em relação à erradicação de doenças preveníveis como o paludismo, que afeta muitas pessoas”.

O médico, que está na Guiné-Bissau desde 24 de agosto juntamente com a mulher, também médica, defendeu que é preciso trabalhar sobretudo ao nível da prevenção da malária, “que afeta muito África em geral”, mas também a Guiné-Bissau, referindo que nas consultas que dá diariamente como médico “90 por cento dos casos são paludismo”.

“Muitas vezes os pacientes chegam em situação muito grave”, referiu Israel, lamentando ainda o elevado custo dos medicamentos.

Segundo dados das Nações Unidas, a prevalência da malária na Guiné-Bissau é a mais alta na África Ocidental, totalizando 18 por cento dos casos de mortes registadas em todos os centros de saúde, afetando principalmente as crianças menores de 5 anos, enquanto 34 por cento dos óbitos devido à doença acontecem nas crianças menores de 15 anos.

Questionado sobre o efeito social dos conflitos políticos, o médico referiu que não está muito ao corrente da situação.

“Vivemos num país [Cuba] onde temos apenas um partido político, portanto não estou muito relacionado com esta situação de ter vários partidos políticos e não posso fazer uma análise correta sobre o tema”, disse, referindo que já percebeu que “há muita propaganda e que está a decorrer uma campanha”, embora não saiba que se trata das eleições presidenciais de domingo.

O casal de médicos vai ficar na Guiné-Bissau por um período de três anos e, em Gabu, dá aulas a estudantes do terceiro ano de medicina, “na área da patologia clínica e da medicina interna”.

Sobre o povo da Guiné-Bissau, diz que se trata de “pessoas muito amáveis, são muito bons”.

“Estamos numa comunidade muito boa, ajudam-se muito, independentemente do seu trabalho e vivem em muita comunhão”, disse Israel.

Lusa

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Lusa

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