A McDonald’s anunciou, hoje, que vai encerrar todos os restaurantes da cadeia em território da Crimeia, a península da Ucrânia que votou a favor da secessão para ser anexada pela Rússia. As autoridades da Crimeia lembram que são apenas três restaurantes e que “serão substituídos”.
Em comunicado, a McDonald’s anunciou que o encerramento é “temporário” e alegou “razões de produção fora do controlo da empresa”, sem as especificar, prometendo ainda reabrir os restaurantes “assim que for possível”.
Só que, no texto publicado no site ucraniano da multinacional, é também referido que a McDonald’s oferece os mesmos postos de trabalho aos funcionários das unidades encerradas caso estes pretendam mover-se para o território ucraniano.
Além da oferta de emprego, a cadeia norte-americana promete apoiar esses funcionários nos custos do realojamento.
‘McCrise’
A McDonald’s é a segunda multinacional a deixar o território da Crimeia após a península ter votado a favor da adesão à Federação Russa, já ratificada pela Rússia.
Os correios da Universal Postal Deutsche Post’s, sediados em Genebra, foram os primeiros a anunciar o fim das operações na Crimeia.
As decisões são ainda empresariais, uma vez que nem os Estados Unidos, nem qualquer outro país aprovou oficialmente um boicote ou outra forma de sanção económica sobre a Rússia como ‘castigo’ pela anexação da Crimeia.
“Sem problemas”
A decisão da McDonald’s foi considerada como irrelevante pelas autoridades da Crimeia. Para a ministra do Desenvolvimento Económico, Svetlana Verba, “não há nada de horrível” no fecho de três unidades.
“Só havia três restaurantes: um perto da estação de trem de Simferopol, outro na praça perto do píer central em Yalta e outro em Sebastopol. Não há nada de horrível nisso. Serão substituídos por outra estrutura”, salientou a governante.
Svetlana Verba lembrou ainda que 96 por cento dos crimeanos que participaram no referendo pela secessão aprovaram a medida: esse referendo não foi aceite, contudo, pela comunidade internacional.
A Crimeia “não precisa de empresários que não sejam amigos, que não entendam a situação da Crimeia” e que não apoiem a adesão à Federação Russa, reforçou a ministra: “não teremos problemas em encontrar quem queira fazer negócios com tranquilidade e ocupar esse nicho”.
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