O impasse na TAP continua na ordem do dia. Num artigo de opinião que escreveu para o Diário de Notícias, um antigo Presidente da República manifestou-se solidário para com os trabalhadores, defendendo que a privatização da companhia aérea de bandeira “é algo de antipatriótico”.
“Os funcionários da TAP – e muito bem – declararam fazer uma greve”, escreveu Mário Soares: “Esta é uma greve patriótica e por isso admiro a coragem dos que a fazem, conscientes do que podem sofrer os portugueses que vivem no estrangeiro e que querem ao menos passar o Natal com as famílias em Portugal”.
Assumindo compreender “a indignação dos funcionários da TAP e do povo português em geral, bem como dos países lusófonos, para a gravidade da privatização da TAP”, o político que recentemente celebrou 90 anos deixou ainda uma crítica ao atual ‘inquilino’ de Belém, Cavaco Silva: “Será que o Presidente da República vai promulgar um ato antipatriótico para agradar ao atual Governo?”
Na opinião de Soares, a privatização da TAP “é algo de antipatriótico que não é aceitável”, que só se entende na alegada lógica governamental de “obter receitas a qualquer preço”.
“Este Governo não tem nenhuma cultura lusófona e não entende, de todo, a importância que tem para Portugal os países independentes que falam a nossa língua. Neste mundo global, onde somos a quinta língua mais falada do mundo, perder o controlo deste instrumento de soberania que é a TAP é de extrema gravidade”, insistiu o antigo Presidente.
O artigo escrito por Mário Soares surge no dia em que a plataforma de sindicatos da companhia aérea confirmou que vai mesmo haver greve entre os dias 27 e 30 de dezembro, depois do Governo ter rejeitado a proposta para a suspensão do processo de privatização durante esse período.
O Governo, que não abdica da privatização, deverá responder com a requisição civil. Num comunicado enviado a algumas redações, o gabinete do ministro da Economia, António Pires de Lima, frisou que o memorando proposto pela plataforma de sindicatos não cumpre a condição prévia da não suspensão do processo de privatização, comunicada pelo Governo na reunião de sexta-feira.
Nesse dia, o Ministério da Economia tinha aberto a possibilidade, “mediante o cancelamento da greve, de se constituir um grupo de trabalho que procure trabalhar os pontos de preocupação dos trabalhadores da TAP”, como afirmou, então, António Pires de Lima.
Com a greve iminente, cerca de 5000 passageiros já comunicaram a desistência das reservas à TAP. Nas contas da empresa, a paralisação deverá afetar cerca de 120 mil passageiros, com um custo superior a 30 milhões de euros.
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