Além de portugueses pedreiros, mapa belga só vê empregadas de limpeza a norte

Os professores de geografia belgas receberam o mapa de Sébastien Laurent, artistaque apelida os portugueses de “pedreiros peludos”. Objetivo é transformá-lo numa ferramenta de ensino de Geografia. No entanto, a criação do artista suscitou polémica e é apelidada de racista. Portugal tem pedreiros e empregadas domésticas.

“Pedreiros peludos” são os portugueses. “Preguiçosos” são espanhóis. “Loiras burras” são suecas. Há até a terra dos ciganos e dos mafiosos. Há elites e proletariado, num mapa da Europa criado por um artista belga, que o apresentou aos professores de Geografia como forma de apoiá-los na missão pedagógica.

Certo é que a iniciativa não colheu apenas elogios, indiferença, chacota, risos. Provocou também polémica, com alguns a considerarem Sébastien Laurent autor de um ato racista. O mapa apanha o norte de África, onde residem “Os Ladrões”, ou os “Os Camelos”. E os alemães são os nazis.

O objetivo do mapa é classificar cada região do Velho Continente através de um cliché, que varia entre o simpático, o engraçado e o quase insultuoso. O que dirão os russos de serem associados à máfia?

Os portugueses, peludos e pedreiros, terão muito mais que o diferencia. Mas para Sébastien Laurent, apenas há empregadas domésticas a norte do país – uma referência aos emigrantes lusos? – e laranjas na capital.

Porém, a classificação dos portugueses no mapa de Laurent não é a única pouco abonatória e criticável, por alguns. Em Inglaterra, moram os “bifes”, enquanto na Noruega vivem os “vikings” e na Finlândia vive o “Pai Natal”.