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Manipular uma proteína pode travar Alzheimer (estudo)

Equipa de cientistas identifica uma proteína (GPR3) que pode estar na génese do desenvolvimento de Alzheimer. Com esta inovadora descoberta, resultante de um estudo feito em ratos e publicado na Science, abre-se caminho à criação de um novo fármaco, capaz de travar a doença.

Estudo que pode levar à criação de um novo fármaco contra a doença neurodegenerativa foi publicado na revista Science, na edição desta quarta-feira.

A chave para a cura da doença de Alzheimer poderá estar na GPR3, uma proteína que, de acordo com uma equipa de cientistas, desempenha um papel crucial no desenvolvimento da doença.

Um estudo que acaba de ser divulgado permitiu perceber que aquela proteína provoca uma redução de placas amiloides no cérebro, o que leva ao avanço de Alzheimer.

Para conseguir chegar a esta conclusão, os investigadores analisaram ratos que apresentavam quatro tipos diferentes de demência.

Ao apagar geneticamente a proteína GPR3, verificaram uma melhoria significativa da capacidade cognitiva e uma consequente diminuição dos sinais da doença.

Uma questão relevante é o facto de os ratos não apresentarem um ‘modelo’ de Alzheimer igual ao dos humanos. E por isso os cientistas vão continuar a pesquisa.

À parte deste estudo, acresce o facto de algumas autopsias feitas a pessoas que padeceram de Alzheimer terem níveis elevados de GPR3 – o que sugere que as reações nos ratos, neste particular, possam ser iguais às das pessoas.

Caso o processo aplicado naqueles animais tenha o mesmo efeito em humanos, poderá ser possível a criação de um medicamento.

Atualmente, cerca de 36 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de Alzheimer e, segundo estimativas, a doença ultrapassará os 115 milhões de pacientes em 2050, em resultado do envelhecimento da população.

A doença de Alzheimer, de causa ainda desconhecida, provoca a neurodegeneração e o consequente agravamento (progressivo e irreversível) das funções cerebrais, culminando na total perda de autonomia.

Os sintomas iniciais incluem perda de memória, a desorientação espacial e temporal, confusão e problemas de raciocínio e pensamento, provocando alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, e dificultando a realização das suas atividades de vida diária.

O mal de Alzheimer ainda é incurável, mas existem diversos fármacos que permitem contrariar os efeitos desta doença degenerativa.

De acordo com a associação Alzheimer Portugal, existem em solo luso cerca de 154 mil pessoas com demência, sendo que mais de metade padecem da doença.

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