As várias manifestações no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), contra o massacre de civis na região, levou as autoridades a suspenderem as atividades dos centros de controlo de Ébola nas cidades de Beni e Butembo.
“Todas as nossas atividades estão em causa: sensibilização, vacinação, enterros seguros”, afirmou o chefe do Comité Multissetorial de Resposta ao Ébola (CMRE), Jean-Jacques Muyembe, garantindo que o trabalho não irá parar.
“Continuaremos presentes”, disse, citado pela agência France-Presse.
Polícia e exército congoleses recorreram a gás lacrimogéneo e tiros de aviso para dispersar os manifestantes que atacaram uma base de capacetes azuis à entrada de Beni.
Os manifestantes culpabilizam as Nações Unidas e as autoridades congolesas pela impotência face aos massacres atribuídos ao grupo armado das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla inglesa), que alegadamente matou mais de 60 civis na região desde o início deste mês.
No restante território congolês, as operações de combate ao Ébola, incluindo vacinação, decorreram com normalidade.
Jean-Jacques Muyembe adotou uma posição mais moderada face à do Presidente do país, Félix Tshisekedi, que acredita ser possível erradicar a epidemia até ao final do ano.
“Nunca disse que o vírus foi erradicado, mas, sim, que está sob controlo. Atualmente, o número de casos diminuiu significativamente”, referiu o responsável pelo CMRE.
O médico explicou que as autoridades estão a acompanhar 10 casos novos por semana, uma redução face aos valores de julho, quando este número alcançava os 90 casos por semana.
“Há esperança de que até o final do mês vamos controlar [a epidemia]”, reforçou, citado pela AFP.
A presença do vírus Ébola na RDCongo foi reconhecida no início de agosto de 2018, pelo então ministro da Saúde, Oly Ilunga.
Desde então, este evoluiu para a segunda epidemia de Ébola mais mortífera de sempre, com 2.197 mortos devido ao vírus – 2.079 destes confirmados em laboratório -, de acordo com o mais recente relatório sobre a evolução da epidemia de Ébola, divulgado pelo Ministério da Saúde da RDCongo.
O documento, com dados de 20 de novembro, diz haver registo de 3.296 casos de infeção (3.298 confirmados em laboratório) desde agosto de 2018.
Desde o início da campanha de vacinação, em 08 de agosto do ano passado, foram vacinadas 254.768 pessoas.
Quanto às manifestações, a imprensa local refere que estas se estão a intensificar durante a noite.
De acordo com o portal Actualite.cd, os manifestantes pedem o abandono do território pela missão das Nações Unidas na RDCongo, a MONUSCO, e dos seus capacetes azuis.
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