A malnutrição resulta de um estado de ingestão alimentar deficitária que leva a perda de peso involuntária e a alterações da composição corporal (nomeadamente perda de massa muscular), que por sua vez contribuem para uma diminuição das funções físicas e mentais e impacta negativamente a evolução da doença.
A atual pandemia agravou o risco de malnutrição em Portugal, tendo aumentado a sua incidência, sendo por isso de extrema importância alertar a população para a necessidade de diagnosticar e tratar com suplementação nutricional oral adequada todos os doentes em défice nutricional.
A malnutrição existe em Portugal e é reversível com um adequado e precoce suporte nutricional. Por esse motivo realizam-se rastreios, que visam diagnosticar os pacientes que estão em risco de malnutrição, e caso se confirme a malnutrição, tenham o devido acompanhamento médico.
De 4 a 8 de outubro, em várias farmácias em Lisboa e no Porto, realizam-se rastreios que visam diagnosticar os pacientes que estão em risco de malnutrição.
Apesar de a malnutrição e o seu impacto ainda ser desconhecido em Portugal, os números da malnutrição crescem diariamente na comunidade, em especial nos idosos, que devido ao isolamento, pelo constrangimento nas visitas e imobilização, reduziram a sua ingestão alimentar.
A restrição de visitas durante as refeições do almoço e jantar, tanto nos lares como nos hospitais, levou a que muitos doentes ficassem sem auxílio, e muitos reduziram o seu apetite por associação ao sentimento de tristeza ao abandono.
Também a malnutrição associada à doença é uma realidade, sendo responsável por 10 a 20% das mortes em oncologia, com 30 a 70% dos doentes oncológicos a apresentarem sinais de malnutrição, o que tem um impacto direto no prognóstico e na qualidade de vida do doente – como implicações clínicas, perda de independência e morte precoce.
A falta de acessibilidade à nutrição clínica acentua desigualdades sociais, uma vez que apenas doentes com capacidade financeira, conseguem reverter a sua malnutrição no contexto ambulatório/domicílio.
Há a necessidade de alertar a urgência de reembolso e comparticipação dos suplementos nutricionais orais – proporcionando aos doentes o fácil acesso ao mesmos – sem o pagamento na sua totalidade, uma vez que Portugal é dos poucos países da Europa em que não existe qualquer tipo de reembolso dos suplementos nutricionais orais.
A desnutrição de doentes internados em meio hospitalar, é um dos principais custos de hospitalização que leva a um aumento da despesa de hospitalização, estimada em 1,3 milhões€ ao ano.
Em Portugal cerca de 70% dos doentes internados estão malnutridos ou em risco de malnutrição.
Sabe-se, atualmente, que a desnutrição é altamente prevalente em doentes internados na enfermaria e medicina interna e que um pior estado nutricional se associa, normalmente, a um pior prognóstico e a um risco aumentado de complicações em caso de doença aguda, como é o de doentes internados com SARS-COV 2 ou oncológicos.
Colmatar essas necessidades, seja de doentes como de profissionais de saúde – que passam longas horas a trabalhar – garantindo que desempenham as suas funções com as condições necessárias e adequadas, é um dos principais objetivos da Nutricia que, pelo segundo ano consecutivo, sai novamente à rua para apoiar esta causa, dando ainda mais sentido à missão “Nutrir todas as fases da vida”.
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