Um estudo coordenado por Marcelo Jacobs-Lorena, investigador brasileiro, do Instituto de Pesquisa da Malária da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg (EUA), trabalho que resulta de um método de dissecação dos intestinos do mosquito, permitiu avançar no combate à malária.
A técnica consiste em atacar a doença no intestino do mosquito. Através desta metodologia, é possível controlar o parasita que causa a doença, quer nas espécies mais letais no ser humano (plasmodium falciparum), quer nas que provocam a malária em roedores (plasmodium berghei).
O trabalho revelou-se eficaz, na medida em que os parasitas apresentam maior vulnerabilidade quando residem no intestino médio do mosquito. Controlar o parasita no intestino do mosquito apresenta mais hipóteses de êxito.
Os cientistas começaram por escolher bactérias, modificadas pelos investigadores, cuja missão é atacar os parasitas com proteínas tóxicas, numa altura em que se encontram no intestino dos mosquitos. As probabilidades de travar a disseminação da malária são elevadas. É cortar o mal pela raiz, numa altura em que o parasita ainda está a desenvolver-se.
“Dissecar intestinos de mosquitos, com a ajuda de um microscópio, não é muito difícil”, explica o cientista Marcelo Jacobs-Lorena ao jornal Folha de São Paulo. Este estudo foi publicado na revista PNAS e representa mais um passo no combate à malária.
Os cientistas pretendem chegar mais além, através de melhorias dos procedimentos de combate ao parasita, para atingir uma probabilidade de êxito de 100 por cento . neste momento, essa probabilidade já atinge os 98 por cento.
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