O Commonwealth Bank, o maior banco da Austrália, aceitou um acordo judicial e vai pagar 700 milhões de dólares australianos (454 milhões de euros) por violar as leis contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
A multa foi negociada com a AUSTRAC, a agência australiana contra branqueamento de capitais que, em agosto do ano passado, denunciou a instituição financeira por não cumprir a lei em cerca de 53 700 transações, entre novembro de 2012 e setembro de 2015.
De acordo com a agência governamental, o banco não declarou movimentos acima dos 10 000 dólares australianos (6450 euros) no prazo de dez dias, conforme estipulado pelas leis contra lavagem de dinheiro.
“Este acordo, que ainda precisa de ser aprovado pelo tribunal federal, irá trazer certeza a uma das questões mais importantes que enfrentamos”, disse o diretor-executivo do Commonwealth Bank, Matt Comyn, em comunicado.
Diretor-executivo do banco desde abril, Matt Comyn afirmou que o acordo é “um claro reconhecimento das falhas e um passo importante para levar o banco para a frente”.
De acordo com o mesmo processo, o CBA utilizou dispositivos de depósito inteligentes nos quais era possível transferir, em cheque ou em dinheiro, quantias de até 20 000 dólares locais (12 897 euros) sem limite de operações por dia.
As autoridades calcularam que o valor dos alegados movimentos sob investigação chegue aos 624,7 milhões de dólares australianos (403 milhões de euros).
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