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Macau/20 anos: Xi Jinping deixa Macau após visita marcada por recados para Hong Kong

O Presidente chinês partiu hoje de Macau, após uma visita utilizada para destacar o progresso da região nos últimos 20 anos desde a transição da administração de Portugal para a China sob a fórmula ‘um país, dois sistemas’.

Xi Jinping foi acompanhado no aeroporto pelo primeiro chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Macau [RAEM], Edmundo Ho, o chefe do Governo cessante, Chui Sai-on, e Ho Iat Seng, que tomou posse hoje.

Segundo fotografias divulgadas pelo Gabinete de Comunicação Social de Macau, Xi reuniu-se com os membros do novo Governo antes de partir.

Durante a visita de três dias, o chefe de Estado chinês enalteceu o “patriotismo” e “unidade” da sociedade local como ingredientes para o sucesso da fórmula ‘um país, dois sistemas’, numa altura de crise política na região vizinha de Hong Kong, cuja transferência de soberania do Reino Unido para a China ocorreu sob o mesmo modelo de governação, que garante autonomia ao nível dos poderes executivo, legislativo e judicial.

“O sucesso de Macau revela que a implementação da fórmula [‘um país, dois sistemas’] pode durar apenas enquanto podermos garantir que não é distorcida”, afirmou Xi Jinping, num discurso feito hoje, durante a tomada de posse do novo executivo.

“Os compatriotas de Macau têm uma tradição de patriotismo […] e consideram as questões com base no interesse da nação e de Macau”, enalteceu.

Presentes durante a visita de Xi estiveram também a líder de Hong Kong, Carrie Lam, e vários membros do seu executivo, que enfrentam a pior crise política no território desde a transferência da soberania.

Um projeto de lei que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental, e, entretanto, retirado, desencadeou protestos em Hong Kong que duram há mais de seis meses, com cenas frequentes de vandalismo e confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.

As autoridades chinesas têm acusado os Estados Unidos de incitarem os protestos, que classificam como um movimento separatista e anti-China.

Em Macau, o Presidente chinês disse que a China “jamais tolerará” ingerências externas nas suas regiões semi-autónomas.

“Eu quero destacar aqui que, após o retorno à pátria de Hong Kong e Macau, os assuntos destas duas regiões administrativas especiais são totalmente assuntos domésticos da China”, afirmou Xi Jinping, arrancando aplausos entre uma plateia composta pelas principais personalidades do território.

“O Governo e o povo da China estão firmes como uma rocha na sua determinação em defender a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país”, assegurou.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁsiaMacau

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