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Lunda é principal mercado externo da construção portuguesa com 1415 milhões de euros de faturação

Angola continuou a ser o principal mercado externo do setor português da construção, responsável por 28 por cento da faturação no estrangeiro em 2017, o equivalente a 1.415 milhões de euros, segundo dados da AICCOPN.

De acordo com mais recentes dados da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), estes 28 por cento representam um aumento de 22 por cento face a 2016.

No ano passado, Angola foi também o país com valor mais elevado de novos contratos assinados pelas construtoras nacionais: 1.574 milhões de euros, equivalentes a 29 por cento do total e a uma subida de 12 por cento face ao ano anterior.

No total, o volume de negócios da construção e imobiliário nacionais nos mercados externos ascendeu a 10,8 mil milhões de euros (contra 10,01 milhões de euros em 2016), o que representa 15,9 por cento das exportações portuguesas nesse ano.

E se, na sua atividade internacional, as construtoras portuguesas estão distribuídas por cerca de 40 países, o continente africano é a zona geográfica onde têm maior presença, sendo aliás Portugal o quarto país europeu com maior faturação no mercado africano da construção, cifrado em 2,4 mil milhões de euros, depois da Turquia, França e Itália.

Considerando apenas os novos contratos detidos, Portugal sobe mesmo ao segundo lugar do ‘ranking’ de países europeus com maior volume de obras em carteira em África.

Contudo, são várias as construtoras portuguesas que reclamam dívidas ao Estado angolano, entre as quais a Mota-Engil, a Teixeira Duarte e a Soares da Costa, esta última atualmente em Processo Especial de Revitalização (PER) e sem capacidade para pagar aos trabalhadores porque, segundo a administração, não consegue transferir para Portugal 15 milhões de euros que tem retidos em bancos angolanos.

Segundo adiantou à Lusa fonte oficial da Soares da Costa, a dívida de Angola à empresa “é superior a uma centena de milhões de euros” e teve “um enorme impacto” na saúde financeira da construtora, cuja deterioração acabou por conduzir à atual situação.

Apesar de praticamente não ter obras em Portugal, a Soares da Costa diz que a atividade “tem corrido bem” em Angola, mercado que representa hoje “cerca de 60 por cento” da sua faturação, correspondendo Moçambique aos restantes 40 por cento.

Já a Mota-Engil fala em “bons e maus momentos” vividos em Angola, onde está presente há 70 anos e tem centenas de quadros portugueses a trabalhar.

Em setembro, em declarações à Lusa durante a visita de trabalho de António Costa a Angola, o conselheiro da construtora, Jorge Coelho, afirmou que a Mota-Engil soube “ajustar-se” à crise angolana e hoje “está bem” e com uma “visão muito positiva do país e daquilo que vai ser no futuro”.

Na quinta-feira, António Costa considerou que a visita de João Lourenço, entre 22 e 24 de novembro, é “um momento alto” nas relações luso-angolanas e adiantou que espera concretizar o processo de certificação das dívidas a empresas portuguesas.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngolaLuanda

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