Líder do Bloco de Esquerda tece críticas à Justiça. Francisco Louçã lamenta o facto de algumas investigações decorrerem “corajosamente a passo de caracol”. Referia-se ao caso BPN e a coragem na lentidão não é mais do que uma ironia, a que Louçã recorreu para questionar a verdadeira vontade em concluir essas investigações. Os paraísos fiscais e a troika voltaram ao seu discurso.
“Passo de caracol” e “corajosamente” são expressões bem escolhidas por Francisco Louçã, na mesma frase, não apenas para criticar a lentidão da Justiça, mas sobretudo para questionar desejos. O desejo de concluir essa investigação corajosa.
“Avança corajosamente, a passo de caracol, uma investigação na justiça”, disse o líder do Bloco, numa alusão bem vincada ao caso BPN. Louçã participava em mais uma ação de campanha, no Porto, onde se encontrou com trabalhadores e sindicalistas.
Reiterou algumas das posições que marcam o seu discurso, como o acordo entre PS, PSD e CDS com a troika, e defendeu a tributação das transferências internacionais, até porque, lamenta, “existe muito dinheiro português que está escondido em paraísos fiscais”.
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