Numa manifestação de apoio a trabalhadores da refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, Arménio Carlos defendeu a queda do Governo, numa altura em que se falam de eventuais recuos do executivo na Taxa Social Única.
O secretário-geral da CGTP entende que mesmo que o Governo recue, as políticas de austeridade serão aplicadas, com os mesmos alvos: os trabalhadores. “Para nós, é melhor que o Governo caia e que caia já, em vez de dar a ideia de que recua na austeridade, para baralhar e deixar tudo na mesma”, disse Arménio Carlos, em Matosinhos.
“Neste contexto – acrescenta –, pensamos que o Presidente da República tem uma palavra muito importante a dizer”, salientou o dirigente sindical, que não vê a queda do Governo como um passo atrás, apesar de todos os compromissos internacionais que Portugal assumiu.
“O Presidente da República tem de assumir o veto às políticas do Governo, disse Arménio Carlos. O secretário-geral da CGTP sustenta que o executivo de coligação de PSD e CDS “já nada resolve” e que prolongar esta indefinição política – em redor da aparente cisão entre os dois partidos, “só agrava os problemas” que Portugal enfrenta.
A CGTP esteve hoje em Leça da Palmeira, a manifestar apoio aos trabalhadores da refinaria da Petrogal, que estão a levar a cabo uma greve de três dias, desde segunda-feira e até amanhã.
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