Para Lewis Hamilton ter três motores no próximo ano “é uma porcaria”

Lewis Hamilton reagiu mal às novidades da Fórmula 1 para 2018, nomeadamente a ideia de limitar a três o número de motores por cada piloto durante uma época sem que isso custe penalizações na posição de partida para as corridas.

Para o Tetracampeão do Mundo o facto de cada piloto ter de gerir tês unidades motrizes pelos 21 grandes prémios da época vai fazer com que não ataque, tornando as corridas aborrecidas.

No Brasil Hamilton teve de usar um novo motor, que apenas terá de cumprir dois grandes prémios, mas foi obrigado a um ‘forcing’ para poder recuperar de último para quarto. “Esta foi a primeira vez que puxei de um motor daquela forma. Foi agradável, mas normalmente temos de gerir bastante”, explicou.

“Testa-se estes motores até um certo limite, e estabelecem um limite abaixo disso, e dizem quantos quilómetros podemos fazer em corrida, mas temos sempre de ter isso em conta. Agora vamos de ter de fazer ainda mais isso. Normalmente faço andar a regimes mais baixos e dizem-me para subir, e eu digo, não, prefiro andar mais abaixo, e eles calculam outra forma de lá chegar”, referiu também o Campeão do Mundo.

“Penso que temos receio de ir demasiado ao limite, como o motor que me explodiu na Malásia no ano passado. Poder puxar pelo motor (como sucedeu no Brasil) faz-me pensar. Não gosto da ideia de ter apenas três motores. Penso que é uma porcaria. Devíamos andar mais depressa. Um ‘sprint’ é o que está a faltar à Fórmula 1. Quando se olha para os tipos da frente eles vão a gerir o andamento. É normalmente o que fazemos quando vamos na frente. Não acho excitante para as pessoas que estão a assistir. Quando chove, e porque não temos essas limitações, corridas onde Max (Verstappen) brilha, são as mais excitantes. Como podemos permitir isso no futuro? Não é certamente reduzido o número de motores”, considerou ainda Lewis Hamilton.