Levam a gravidez até ao fim para doarem os órgãos da filha

Keri e Royce Young, um casal que vive no estado norte-americano de Oklahoma, receberam a feliz notícia de que seriam pais. No entanto, às 19 semanas de gestação o casal descobriram que a bebé tinha anencefalia, isto é, o cérebro da bebé não se tinha desenvolvido, pelo que iria nascer com total ou parcial ausência do cérebro. Então, o casal decidiu não interromper a gravidez, um direito que têm devido à deficiência de Eva, por um bem maior.

“Decidimos levar a gravidez até ao fim para que a Eva cresça forte e possa dar vida a várias pessoas através da doação de órgãos”, escreveu Keri numa publicação no Facebook.

O parto está previsto para o mês de maio e o casal sabe quem tem agora umas semanas difíceis pela frente. “Nas próximas 20 semanas vou sentir os seus pontapés, vou ter soluços e vou poder ouvir o coração perfeito dela a bater, mesmo sabendo que só a teremos nos braços durante algumas horas após o nascimento”, acrescentou a mãe.

Apesar de devastado, o casal agradece o apoio da família, amigos e da equipa médica, preferindo pensar no lado positivo: “Sentimo-nos gratos pelo impacto que ela terá no mundo apesar do pouco tempo que passará nele”.

A anencefalia é uma malformação que bloqueia o desenvolvimento do cérebro ou de parte dele quando o bebé está a formar-se no útero da mãe. Esta condição afeta uma em cada mil grávidas. No mês passado, o casal Abbey e Robert Ahern passou pela mesma situação e decidiram não interromper a gravidez com o mesmo objetivo que Keri e Royce.

Agora, Keri e Royce têm-se apoiado neste outro casal, descrevendo-o como uma “rocha que os inspria”.