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José Miguel Júdice tem um sonho: “Um golpe de estado ou uma revolução” que instale o “presidencialismo”

José Miguel Júdice, entrevistado pelo Jornal de Negócios, defende um sistema político presidencial. “Era preciso haver um golpe de estado ou uma revolução que mudasse o sistema”, defende o advogado, para quem “Passos Coelho e Seguro são a mesma pessoa”.

José Miguel Júdice concedeu uma entrevista ao Jornal de Negócios na qual defende “um golpe de Estado ou uma revolução” que instale “o presidencialismo”, uma vez que os partidos não são a solução. “Precisávamos de acabar com estes partidos, era preciso haver um golpe de estado ou uma revolução que mudasse o sistema político português. Era preciso uma ruptura”, argumentou o advogado.

Perante a crise política atual, a “única solução” que Júdice encontra “é optarmos pelo presidencialismo”, mas com a Presidência a ser exercida por “uma grande figura humanista” que, podendo ser do PSD ou do PS, seja “respeitada pelas elites”. Só um Presidente com esse perfil daria “algum sossego aos conservadores e algum sonho àqueles mais favoráveis à mudança”, defendeu.

A crise portuguesa, no entender de Júdice, é apenas um reflexo nacional da falha do modelo social europeu, que deu “tudo a todos” sem definir quem iria pagar a fatura: “o grande problema do Estado Social é que durante 30 anos foi possível, na Europa, dar tudo a todos. Dar tudo à classe média-baixa, dar tudo aos milionários, às empresas, aos que estão a envelhecer e aos que estão a nascer e não houve ninguém no mundo que não dissesse ‘óptimo’”.

As críticas do advogado viraram-se também contra uma “pessoa”: os líderes do PSD e do PS. “O Passos Coelho e o Seguro são a mesma pessoa”, afirmou: “são amigos, tratam-se por tu. Depois atacam-se em público como se fossem os maiores inimigos. Os políticos insultam-se todos os dias e fazem as pazes todos os dias”.

Daí que o impasse político atual seja “um caso típico de dois adolescentes tardios”, causado por “duas pessoas que têm enormes qualidades, mas que nunca fizeram a sua maturação”. Júdice chamou ainda “emocional” a Paulo Portas, que “tem uma componente histérica”, e disse estranhar que “Cavaco Silva se ofenda por lhe chamarem palhaço”: “não se pode insultar pessoas impunemente. Percebo a reação, o que não percebo é que não tenha tido outras, porque já lhe chamaram coisas bem piores”.

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