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Jorge Ortiga crê que é tempo “de reagir e de agir” perante o aumento da austeridade

Jorge Ortiga defende “o papel importantíssimo” da Igreja em tempos de crise, mas que a instituição não é “nenhum banco privado com muito dinheiro” e também tem os seus limites. Portugal, afirma, tem “de reagir e de agir” contra a austeridade para “ultrapassar determinados interesses”.

Jorge Ortiga, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, defendeu “o papel importantíssimo que a Igreja está a realizar no dia a dia”, durante a apresentação da Semana Social 2012, para alertar que “a Igreja também sofre os efeitos da crise” e não pode mudar a sociedade.

“Creio que era bom que todos reconhecessem o papel que a Igreja está a realizar neste momento e que se apercebessem daquilo que é feito”, apelou o clérigo, realçando que “a Igreja não é nenhum banco privado com muito dinheiro” e que vive “da generosidade das pessoas”.

Nesse papel, a Igreja necessita do apoio do Estado, mas a verdade é que “as mutualidades, as misericórdias, as IPSS começam a entrar num período com algumas dificuldades”, como reconheceu o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social: “todos vão dizendo que é necessário olhar um pouco para as despesas do Estado e não sei até que ponto é que esse problema já foi encarado com aquela frontalidade que merece”.

Jorge Ortiga confessou ter dúvidas quanto à capacidade dos portugueses aguentarem ainda mais austeridade, mas prefere assumir-se crente que o país tem “de reagir e de agir” para que ninguém fique sem auxílio.

“Por vezes interrogo-me se serão capazes de aguentar muito mais e durante muito mais tempo. É importante olhar para as pessoas mais carenciadas e consequentemente mais abandonadas. A mim às vezes parece-me que é um pouco demais mas quem sou eu para julgar e saber o que está por trás da cortina”, comentou o arcebispo de Braga.

“A solidariedade, a necessidade de uma sociedade estável, a convergência de interesses para ultrapassar determinados interesses por vezes até partidários ou meramente pessoais, esta dimensão do bem comum são princípios que têm que estar sempre presentes no agir de todos e particularmente também dos políticos”, reforçou Jorge Ortiga.

Princípios que começam na própria Igreja, que não pode assistir de fora à situação social: “comecei por dizer que a Igreja pode sempre fazer muito mais mas também temos que ter consciência que o papel da Igreja é sempre supletivo. O princípio da subsidiariedade na Igreja é fundamental. Nós somos um entre tantos outros parceiros nesta resposta a dar a sociedade”.

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