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Jerónimo de Sousa critica programa, Costa desafia-o a continuar caminho conjunto

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou hoje o Programa do Governo, mas o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que há base para convergências e desafiou-o a continuar o caminho conjunto iniciado na anterior legislatura.

No debate do Programa do XXII Governo Constitucional, na Assembleia da República, o secretário-geral do PCP considerou que o documento é “vago e abrangente” e não responde às necessidades do país em áreas como o trabalho, a saúde, a habitação e a cultura.

Na resposta, o primeiro-ministro relativizou as divergências com o PCP e desafiou Jerónimo de Sousa a dar “continuidade à mudança” iniciada em 2015.

“Como o senhor deputado costumava dizer, e espero que continue a dizer: enquanto houver caminho para andar, cá estamos nós para continuar a andar. Pela minha parte, vejo caminho para andar e vou continuar a andar, e gostaria muito de não andar sozinho”, disse-lhe António Costa.

Antes, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, dirigiu-se ao secretário-geral do PCP como “decano dos deputados desta casa”, salientando que está no parlamento “desde a Constituinte” e que “é neste momento mesmo o único deputado que está nessas circunstâncias”.

“Muito obrigado, senhor presidente. Bom, o problema é que os outros foram-se embora”, retorquiu Jerónimo de Sousa.

Depois, o secretário-geral do PCP fez uma intervenção em que considerou que o Programa do Governo foi “elaborado para não se comprometer em concreto com as opções políticas que nas diversas áreas se impõem” e indicia “soluções de sentido negativo ou mesmo retrocesso na Administração Pública, transportes, ambiente, deficiência, forças de segurança e Forças Armadas, poder local, a par das omissões em matérias relevantes”.

Jerónimo de Sousa criticou também as “opções de política macroeconómica”, considerando que o programa é “rígido na prioridade ao défice em detrimento do investimento” e perguntou se o Governo “vai convergir com o PCP” em matérias como o salário mínimo nacional, o combate à precariedade ou contratação de novos funcionários públicos e se aceitará medidas como as vagas gratuitas em creches até aos três anos ou o alargamento da oferta de transporte público.

Lusa

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