Jenson Button foi campeão no Super GT no seu ano de estreia, mas o antigo piloto de Fórmula 1 considera que a competição japonesa se revelou muito mais difícil do que pensava.
Fazendo dupla com Naoki Yamamoto, o britânico – campeão do Mundo de Fórmula 1 em 2009 – conseguiu aos comandos de um Honda NSX GT500 do Team Kunimitsu derrotar por três pontos Nick Cassidy e Ryo Hirakawa, que defendiam o título conquistado em 2017.
Button admite que ia para a competição nipónica sem saber muito o que esperar, mas que o objetivo era sempre vencer: “Antes de fazer o Super GT o objetivo era ganhar o campeonato. Mas não imaginava quanto dura era a competição até começar os testes. Foi como: O quê? Estou a um segundo dos melhores. Por isso foi um longo caminho até encontrar a forma de estar ao mesmo ritmo”.
“É tão diferente (de tudo o que estava habituado), e conseguir que os pneus funcionem e encontrar uma afinação que funcione connosco. Foi um ano duro mas excitante, por isso me sinto tão contente por ter conquistado o título”, refere também o antigo piloto da McLaren, Brawn GP e Honda.
Jenson Button refere no entanto que aprendeu bastante neste ano em que competiu em provas de GT e de protótipos, já que fez Le Mans e o WEC com a SMP Racing aos comandos de um BR LMP1. Foi no entanto no Super GT que o piloto britânico de 38 anos se reencontrou com as vitórias, sendo que a primeira aconteceu em Sugo, em setembro, ao mesmo tempo que no WEC lograria um pódio em Xangai, juntamente com Vitaly Petrov e Mikhail Aleshin.
Ainda assim Button diz que ultrapassar no ‘Mundial’ de Resistência “é muito mais fácil” do que no Super GT, devido ao equilíbrio de andamentos na competição japonesa: “Há 15 GT500 (a classe principal) e depois em GT300 há 20 carros mais lentos. Lutamos sempre por passar retardatários e também é sempre difícil manter atrás de nós alguém no tráfego”.
“Aprendi tanto sobre como ultrapassar e posicionar o carro em pista de modo a não ser ultrapassado. Há tanto a acontecer ao mesmo tempo. É muito diferente de tudo aquilo que estava habituado na Fórmula 1. O meu companheiro de equipa foi fantástico e ajudou-me muito nisso. A sua rapidez e o pessoal da equipa, que trabalhou tanto para melhorar o carro, foram essenciais no êxito que tivemos. Por isso estou-lhes muito agradecido”, refere também o Campeão do Mundo de F1 de 2009.
Jenson Button espera poder defender o título em 2019, apesar do programa da Honda no Super GT para o próximo ano ainda não ter sido anunciado, parecendo certo que não vai estar presente nas provas do WEC previstas para Sebring e Spa.
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