Alberto João Jardim acusou um poder oculto de pagar a ascensão de Passos Coelho a líder do PSD. O ainda presidente do partido “não deixa saudades nenhumas”, diz o antigo homem-forte da Madeira.
Numa entrevista à TSF, o ‘barão’ do PSD afirmou que o partido foi comprado por gente que não identificou, com o objetivo de alcançar determinados interesses económicos.
O ‘peão’ para esse assalto ao poder foi Pedro Passos Coelho, frisou.
“O consulado Passos Coelho resulta de um truque, que foi a entrada de muita gente no partido para eleger a direção que interessava aos interesses económico-financeiros do País, para se fazer o ajustamento económico e financeiro em termos de obediência às entidades estrangeiras, à União Europeia, o Fundo Monetário Internacional, etc.”, afirmou Jardim.
Este controlo do PSD pelos interesses económicos “demonstra a vulnerabilidade em que se encontram os partidos portugueses”.
“Hoje, para se tomar um partido político basta haver dinheiro para pagar inscrições, para pagar quotas, e uma maioria eleger uma direção à custa dos interesses que pagaram esses dinheiros para levar à tal eleição. A prova foi o que o País passou e a situação em que esteve o PSD durante o consulado de Passos Coelho”, insistiu o antigo líder madeirense.
Garantindo que Passos Coelho não deixa saudades “nenhumas”, Alberto João Jardim concluiu que o pior não foi o ainda presidente do PSD (cargo que deixa entre hoje e domingo, no 37.º Congresso) sair tarde: “Ele peca por ter entrado para a liderança”.
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