A 12 de julho, Alberto João Jardim afirmara que a Madeira tem bombeiros em demasia e que o Governo Regional não estaria disposto a pagar por este excesso de soldados da paz. Menos de duas semanas depois, a Madeira vive dias dramáticos, com incêndios que deixam pessoas sem casa e destroem paisagens.
O presidente do Governo Regional diz que não pretende levantar suspeitas, mas a verdade é que o faz, uma vez que considera que estes incêndios são uma “estranha coincidência”.
“Sobre os bombeiros na Madeira, mantenho o que disse há dias. Aliás, é uma estranha coincidência isto acontecer depois do das minhas afirmações…”, deixou escapar Alberto João Jardim, que mantém a ideia de que a região não necessita de mais bombeiros, mesmo depois dos graves incêndios que deixaram a população em pânico.
“Continuo a defender o mesmo que disse no passado. Em vez de se criar uma corporação de bombeiros municipais, foram-se fazendo associações. Depois, o Governo foi-lhes fazendo as sedes e pagou o equipamento. E algumas associações, não todas, foram metendo gente sem ser preciso. E agora as associações que resolvam o problema”, disparou o líder do executivo madeirense.
Recorde-se que no dia 12 a Madeira foi palco de uma manifestação por parte da Associação dos Bombeiros Profissionais, que nesse dia alertava para a falta de condições para combater incêndios e lamentava que os bombeiros profissionais das associações do Funchal, Machico e Santa Cruz não tivessem condições para o combate às chamas.
Estas “coincidências estranhas” de Jardim não são mais do que uma crítica implícita. No entanto, o presidente do Governo Regional da Madeira salienta que não quer “levantar suspeitas sobre os bombeiros”. Esta “situação excecional”, sublinha, “até parecia que era para provar que não havia bombeiros a mais”. Alberto João Jardim diz, por outro lado, “cabe à Polícia Judiciária investigar o que se passou”.
Jardim classifica também de “dantesco” o cenário que pôde testemunhar, em virtude dos incêndios: “As pessoas, há medida que forem circulando no concelho de Santa Cruz, vão ter uma imagem que parece que houve aqui um bombardeamento”.
Alberto João Jardim procede a uma visita a todos os concelhos da Madeira que sofreram incêndios, nos últimos dias. Estima-se que só em Santa Cruz 40 habitações tenham sido destruídas, sendo que há uma área agrícola que também sofreu com os fogos. O Governo Regional está a levar a cabo todos os procedimentos que permitam à população afetada pelos incêndios ter acesso a apoios comunitários, no que diz respeito às perdas agrícolas.
Jardim mantém a ideia de que existem bombeiros a mais na Madeira e diz que os incêndios não teriam sido evitados se as corporações tivessem mais meios humanos e técnicos.
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