O major general Raúl Cunha acusou o ministro da Defesa, João Cravinho, de ‘ofender’ os militares ao forçar Rovisco Duarte a demitir-se. “Já imolaram o chefe, já têm o sangue que queriam”, reforçou.
Raúl Cunha, antigo comandante da Brigada de Reação Rápida do Exército, não acredita que Rovisco Duarte tenha pedido a demissão por vontade própria: o Chefe do Estado-Maior do Exército foi forçado a tal pelo novo ministro da Defesa.
Em declarações à Renascença, o major general, agora na reserva, não poupou críticas a João Cravinho.
“Deveria ter havido alguma contenção e bom senso no momento que escolheu para demitir Rovisco Duarte”, frisou.
Ao não esperar pelas comemorações do Dia do Exército, o ministro “revelou falta de bom senso e desconhecimento”, tomando uma decisão que é “quase uma ofensa para os militares”.
Rovisco Duarte foi obrigado a demitir-se “por ter confiado nos políticos”, não gerindo bem o caso de Tancos.
Pode ser que agora as Forças Armadas tenham um bocado de paz, continuou o major general.
“Já imolaram o chefe, já têm o sangue que queriam”, criticou Raúl Cunha.
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