Santana Lopes, ex-presidente do PSD e do Aliança, garantiu que ainda vai regressar à vida política, embora “isto” agora “esteja mais para os partidos dos extremos”.
Em entrevista à TVI24, a propósito da saída do Aliança, partido que fundou após ter deixado o PSD, o ex-primeiro-ministro deixou um alerta para o aumento do extremismo em Portugal.
“Estamos numa época em que isto está mais para os partidos dos extremos, mais radicalizados”, avisou.
Santana Lopes deu como exemplo o Chega, partido com “ligações à Marine Le Pen, ao Salvini”, figuras conhecidas da extrema-direita europeia.
“Não tenho nada a ver com isso e não consigo estar na mesma família política em que eles estejam”, afirmou.
Admitindo coligações à direita, o ex-presidente do Aliança insistiu que as mesmas não poderão contar com o Chega.
“Eu, quando vejo o André Ventura naquele papel, algo me diz que ele está a ser arrastado por uma onda, que aquilo não é ele próprio”, afirmou ainda o ex-primeiro-ministro.
Garantindo que não vai regressar ao PSD, Santana assumiu que o desafio de fundar o Aliança “não correu bem” e declarou que vai… andar por aí.
“As carreiras políticas só acabam quando desistimos de lutar pelo nosso país”, concluiu.
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