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Investimentos regionais em África precisam de políticas coordenadas

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) defendeu hoje que a gestão macroeconómica salutar, políticas monetárias e fiscais coordenadas e taxas de câmbio estáveis são aspetos importantes para potenciar o investimento das empresas africanas no continente.

“Gestão macroeconómica salutar, políticas fiscais e monetárias coordenadas e taxas de câmbio estáveis importam; a moldura regulatória, fiscal, legal e empresarial também é importante”, lê-se no primeiro relatório do BAD sobre o comércio intra-africano, com o título ‘Africa to Africa Investment – A first look’.

De acordo com o documento, o primeiro relatório do BAD dedicado exclusivamente ao comércio entre os países africanos, e que surge nas vésperas do Fórum de Investimento em África, que se vai realizar em novembro, em Joanesburgo, “o ambiente global volátil mostra a importância de África reduzir a dependência dos investimentos com origem noutros continentes e de promover investimento intrarregional”.

No documento, a equipa liderada por Akinwumi Adesina escreve que “entre 2006 e 2016, os investimentos de raiz cresceram de 4 mil milhões para 10 mil milhões de dólares, ao passo que o número de fusões e aquisições entre empresas africanas duplicou, passando de 238 negócios em 2006 para 418 em 2016”.

A nível global, o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em África tem oscilado nos últimos cinco anos, tendo atingido o pico em 2013, com 74 mil milhões de dólares, mas depois diminui para 41 mil milhões no ano passado, tendo estado a recuar nos dois últimos, sendo que em 2017 a queda do IDE foi de 23 por cento.

“Com uma recuperação muito modesta prevista para este ano, esta tendência decrescente é uma preocupação de longo prazo para África, já que o IDE é fundamental para acelerar a industrialização e o desenvolvimento sustentável”, escrevem os autores do relatório do BAD.

A perspetiva de evolução para as maiores empresas africanas é “promissora, mas há espaço para crescer”, vincam os analistas, apontando que “os números mostram que as receitas totais das maiores empresas africanas é apenas um terço do seu potencial e que as maiores empresas podem usar melhor as estratégias de inovação para acelerar a sua expansão”.

O BAD afirma que há oportunidades em novos setores e que os projetos de infraestruturas estão a receber uma “ajuda muito necessária” destas empresas com uma visão regional, que têm vários aspetos em comum: confiança clara na região, histórico de excelência nos seus mercados e capitalização das especificidades africanas.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: África

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