Bruno de Carvalho aproveitou a entrevista, a que chamou debate, para garantir que se estivesse em Alcochete no dia das agressões aos jogadores nada teria acontecido. Caso contrário, “morria ali”, prometeu.
O presidente suspenso do Sporting já ia em quase uma hora de monólogo – três dos convidados para o ‘debate’ não apareceram e os outros dois nem tinham aberto a boca – quando começou a ‘explicar’ a invasão à Academia de Alcochete, na qual foram agredidos jogadores, membros da equipa técnica e funcionários.
“Se não tivesse acontecido nada, não estaríamos aqui hoje a falar”, insistiu.
E o dirigente deixou então a garantia.
“Se eu estivesse [na Academia], ou morria ali, ou corria aquela gente toda”.
Foi “um ato criminoso contra o Sporting” que, no entender do presidente, teve o próprio como vítima.
“Se foi um ato criminoso contra o Sporting, então não foi um ato criminoso contra mim, enquanto responsável máximo do Sporting? Ainda não vi ninguém a referir-se a isso”, lamentou Bruno de Carvalho.
“O crime foi contra mim, enquanto representante da SAD”, reforçou.
“As pessoas afetadas foram os jogadores, mas o crime inicialmente foi contra o Sporting”.
Por ser o presidente do clube e da SAD, o dirigente contestou a tese de que teria sido ele a ‘encomendar’ o ataque.
“Tenho pena que as pessoas não estivessem aqui para me explicarem porque é, na cabeça deles, foi um crime mandado por mim. É quase como eu mandar alguém a minha casa bater nas minhas filhas e na minha mulher”.
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