A Venezuela registou uma inflação de 110,1 por cento de durante o mês de maio, segundo dados divulgados pela Comissão de Finanças (CF) da Assembleia Nacional (parlamento), onde a oposição detém a maioria.
Os dados foram anunciados pelo presidente daquela comissão, Rafael Guzmán, numa conferência de imprensa em Caracas, sobre a hiperinflação em Venezuela e dão conta que em 12 meses os preços subiram 24.571 por cento no país.
Segundo as estatísticas a Venezuela teve, em maio, uma taxa de inflação diária de 2,4 por cento e, desde janeiro último, os preços ao consumidor subiram 1.995,02 por cento.
“São precisos 200 salários mínimos para cobrir o cabaz básico (…) não podemos deixar de advertir sobre a urgência de mudar as políticas económicas da Venezuela”, disse Rafael Guzmán.
“Os investidores voltaram a cara à Venezuela e o Governo é o único responsável. As pessoas não vão colocar a sua produção num mercado onde não lhe vão pagar o que realmente vale e militarizar os mercados não são a solução”, disse.
Na Venezuela, desde há mais de dois anos que não há dados oficiais sobre a inflação, apesar de a legislação em vigor prever que sejam divulgados periodicamente pelo Banco Central da Venezuela.
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