Apesar de serem punidas por lei, pois podem atrasar o socorro a alguém que realmente necessite de ajuda, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) continua a receber em média 50 chamadas falsas por dia, que escapam à triagem feita pela PSP e acabam por chegar aos operadores de emergência.
O presidente do INEM, Luís Meira, revela que se tratam de situações “construídas com o objetivo de eventualmente obter uma resposta por parte do sistema perante uma situação que não existe”.
À Renascença, o responsável deixa declarações particularmente alarmantes, explicando o objetivo da grande maioria destas chamadas falsas.
Chamadas falsas são crime
“Inventam histórias, às vezes até para ver os meios a passar”, referiu Luís Meira, destacando ainda outra intenção como a de “perturbar a vida de terceiros, referindo-se a uma situação que obriga ao envio de meios e que, por exemplo a meio da noite, vão perturbar determinada pessoa”.
As chamadas falsas representam um crime que é punível na lei portuguesa com pena de prisão até um ano ou 120 dias de multa.
O presidente do INEM avisa ainda que “situações em que efetivamente há uma perturbação grande dos serviços, com o acionamento de muitos meios de emergência, essas ocorrências são participadas ao Ministério Público”.
Anualmente, o INEM recebe via 112 cerca de um milhão e 370 mil telefonemas, no total (chamadas verdadeiras e falsas).
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