Paulo Portas fala em “limite”, no que diz respeito aos impostos que, por via direta ou indireta, representam um agravamento das condições de vida dos portugueses. Numa carta que Portas assina, enviada aos militantes do CDS-PP, o ministro defende que o executivo de Passos Coelho já não tem mais margem de manobra para mexer na carga fiscal.
E esta posição de Portas é conhecida numa altura em que o Governo necessitará de encontrar a receita que vai perder com o pagamento de subsídios, a partir do próximo anos, em resultado da decisão do Tribunal Constitucional (TC).
Nesta missiva, Paulo Portas comenta a declaração de inconstitucionalidade do TC. “O acórdão do Tribunal Constitucional coloca um problema suplementar, que o país dispensava”, realça Portas, que defende o Governo: “Praticamente todas as medidas fiscais tomadas não são uma opção”.
Paulo Portas, nesta missiva, não assume qualquer rutura ou divergência política e refere mesmo que o mandato em curso deixou de ser “um sprint” para passar a ser “uma maratona”. O líder do CDS realça as dificuldades acrescidas, mas sempre adianta que o limite de impostos foi atingido.
Esta carta de Paulo Portas é divulgada um dia depois de o Passos Coelho, primeiro-ministro, ter considerado que o Governo não está a praticar austeridade excessiva. “Não estamos a exigir de mais aos portugueses”, diz Passos, que fala numa fatalidade: “Acontecesse o que acontecesse, Portugal teria de passar por isto”. Leia mais.
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