O vírus do Ébola fez uma ‘vítima profissional’. Susan Sherman demitiu-se da escola católica de Santa Maria Margarida, em Louisville, no Kentucky (EUA), por não resistir à “estupidez” dos pais.
A origem do caso remonta a uma viagem que Susan Sherman, também formada em enfermagem, realizou ao Quénia.
Na companhia do marido, um cirurgião ortopédico reformado, a professora cumpriu uma quarta missão médica no país africano, que não tem fronteira direta com nenhum dos países afetados pela epidemia.
Só que, ao regressar à escola, a docente viu-se confrontado com uma exigência “estúpida” dos pais dos alunos.
Na carta de demissão, Susan Sherman escreveu que não podia aceitar que “os receios infundados” de uma eventual infeção “triunfassem sobre a verdade e a lógica”.
A docente terá chegado a propor ministrar uma formação, destinada aos pais dos alunos, sobre o trabalho médico que tem realizado em África.
O problema é que os encarregados de educação continuaram a exigir “uma quarentena” e que, findo esse período, um atestado médico a garantir que não estava infetado.
O colégio terá proposto uma licença paga de 21 dias, mas Susan Sherman optou pela demissão, farta da “estupidez” dos pais dos alunos e lembrando que entre o Quénia e os países afetados pelo Ébola existem pelo menos cinco outros países.
Mais fácil ainda: a epidemia afeta o ocidente do continente africano, enquanto o Quénia está na costa oriental.
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