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Human Rights Watch exige investigação urgente a rapto de jornalista em Moçambique

A organização Human Rights Watch (HRW) exigiu hoje uma investigação “urgente” ao rapto de um jornalista moçambicano que, posteriormente, foi encontrado gravemente ferido próximo de Maputo.

Num comunicado, o diretor da HRW para a África Austral, Dewa Mahvinga, lamenta o incidente de que foi alvo o jornalista, comentador político e ativista dos direitos humanos moçambicano Ericino de Salema, que se encontra hospitalizado no Hospital Privado de Maputo.

“As autoridades moçambicanas devem investigar com urgência o rapto [de Ericino de Salema]. Não é a primeira vez que uma proeminente personalidade é alvo de criminosos desconhecidos. A HRW tem documentados pelo menos outros 10 casos que continuam por resolver”, sublinhou Dewa Mahvinga.

“Não resolver estes crimes apenas serve para aumentar o ambiente de impunidade e medo”, acrescentou o responsável pela África Austral da organização internacional de defesa e promoção dos direitos humanos.

Ericino de Salema foi encontrado terça-feira gravemente ferido no distrito de Marracuene, a oito quilómetros do centro de Maputo, onde fora raptado por desconhecidos, noticiou o canal privado STV.

A STV indica que Ericino de Salema foi encontrado por populares abandonado no passeio da estrada circular de Maputo em Marracuene, província de Maputo, e depois transportado para o Hospital Privado de Maputo, onde se encontra internado.

A vítima apresenta sinais de agressões que terão sido infligidas com objetos contundentes e está consciente, de acordo com testemunhos relatados pela STV.

Ericino de Salema, comentador do “Pontos de Vista”, um programa de análise política muito visto em Moçambique, foi raptado à saída do Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ), onde se deslocou para almoçar no restaurante do local.

Depois de deixar o computador portátil no assento traseiro da viatura, o jornalista foi abordado por desconhecidos quando se preparava para entrar na viatura em que o motorista o esperava.

A vítima foi levada para um outro carro, que seguiu para lugar incerto.

O jornalista esteve vinculado a vários órgãos de comunicação social moçambicanos, mas nos últimos tem estado ligado a organizações não-governamentais ligadas ao fortalecimento da sociedade civil e promoção da liberdade de expressão e imprensa.

Em 2016, o politólogo e comentador do programa “Pontos de Vista”, José Macuane, foi baleado nas pernas por desconhecidos e abandonado numa estrada à saída de Maputo, depois de ter sido levado de carro perto da sua residência num bairro do centro de Maputo.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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