O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, saiu em defesa de Eduardo Cabrita, o ministro da Administração Interna que tem sido criticado na sequência da morte de um cidadão ucraniano nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, em março.
Num comentário para a Renascença, o autarca, do PS, salientou que foi por “iniciativa” do governante que se descobriu que “houve 12 pessoas no encobrimento” do homicídio de Ihor Homeniúk.
“O relatório da IGAI apurou que a morte envolveu um conjunto de 12 pessoas do SEF”, sendo que houve “três envolvidos diretos no homicídio” e “um envolvimento de cerca de 12 pessoas em toda a operação de encobrimento”, argumentou.
Quando questionado sobre as condições políticas para a continuidade de Eduardo Cabrita, Fernando Medina respondeu que há “dois processos paralelos” sobre o incidente, sendo que um deles “corre na justiça” e o outro, conduzido pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), foi “espoletado por iniciativa do ministro”.
Caso o relatório do IGAI, solicitado por Eduardo Cabrita, confirme “o envolvimento de 12 pessoas” no encobrimento dos crimes cometidos nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, “é de uma enorme gravidade” e justifica “uma profunda reformulação” do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, concluiu Fernando Medina.
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