Um idoso faleceu porque, apesar de ter pedido socorro, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) demorou a responder. A acusação parte do Ministério Público, que pretende responsabilizar os dois operadores de telecomunicações que atenderam a chamada e não enviaram qualquer meio para o local, assim como a médica que teria conhecimento do sucedido.
A vítima, de 72 anos, “veio a falecer em consequência do período de 1h30 de demora na intervenção médica pedida desde o início com urgência, que impediu a tomada dos procedimentos médico-cirúrgicos adequados, providência que dependia das decisões de cada um dos arguidos e que foram omitidas, contrariamente aos respetivos deveres deontológicos e ao dever de respeito genérico pela vida humana”, refere uma nota publicada no site da Procuradoria Geral de Lisboa.
O Ministério Público acusa os dois assistentes e a médica do INEM de homicídio negligente com culpa grosseira por omissão da assistência médica, crime cuja pena pode ser de prisão até cinco anos. A vítima ainda deu entrada no Hospital de São José, transportado – uma hora depois – num carro particular, mas faleceu meia hora mais tarde.
Segundo a acusação, o idoso terá vomitado e caído no chão, com dores fortes e contínuas no peito. Contatado o INEM, os operadores recomendaram à esposa que ligasse aos bombeiros, não acionando qualquer meio de socorro. Isto tudo com o conhecimento da médica de serviço, complementa o Ministério Público.
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