Haddad assume Portugal como exemplo de superação da política de austeridade

O candidato Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), assume que se for eleito na segunda volta das presidenciais brasileiras vai reforçar a relação de proximidade do Brasil com Portugal, numa perspetiva de combate à política de austeridade.

“Pretendemos reforçar estas relações e se aproximar numa perspetiva de enfrentamento bem sucedido à política de austeridade, desenvolvido pelo governo português quando esta [política] lhe foi imposta durante a crise de 2009 – 2010”, afirmou o candidato, numa resposta por escrito a uma questão colocada pela agência Lusa.

“O que foi desenvolvido [em Portugal] é um exemplo importante para todos nós e vem de encontro ao que também defendemos”, acrescentou.

Sobre as negociações de um acordo de livre comércio entre o Mercosul – bloco económico fundado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – e a União Europeia (EU), o candidato disse que se for eleito apoiará “todos os acordos destinados a ampliar comércio e investimentos mútuos, desde que tais acordos sejam simétricos e beneficiem os setores produtivos nacionais”.

“O plano de Governo não apoia acordos assimétricos que contenham cláusulas, como as relativas ao regime jurídicos dos investimentos externos, compras governamentais e propriedade intelectual, que impeçam o Estado brasileiro de desenvolver políticas de desenvolvimento, de ciência e tecnologia e de industrialização”, acrescentou.

Nesse sentido, Haddad, que disputa a segunda volta das presidenciais brasileiras contra o candidato Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), avaliou que “é muito pior um acordo ruim, que comprometerá nosso desenvolvimento e nossa soberania, que nenhum acordo”.

“No caso específico do acordo com a UE, também preocupa-nos o manto de sigilo que vem cercando ultimamente as negociações. Na gestão Haddad, tais negociações terão de ser transparentes e deverão contar com participação ativa de trabalhadores urbanos e rurais, empresários, intelectuais, parlamentares, ONG especializadas”, apontou.

“Esperamos chegar a um acordo equilibrado com a UE e com todos os outros blocos económicos e países”, concluiu.

O sucessor do ex-presidente Lula da Silva – preso por corrupção e proibido pela Justiça de participar das eleições após ser condenado em segunda instância – na lista do PT, segue em desvantagem na última sondagem divulgada na semana passada pelo Instituto Datafolha, com 42 por cento das intenções de voto, 16 pontos percentuais atrás de Bolsonaro (58 por cento) na preferência dos eleitores.

A segunda volta das eleições presidenciais do Brasil acontece no próximo dia 28 de outubro.

Lusa

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