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Há um hospital que quer pagar por doente aos médicos

Para evitar a rutura das urgências, o Hospital Amadora-Sintra pode ativar uma medida prevista no plano de contingência: pagar aos médicos por cada doente atendido e não à hora. O bastonário da Ordem dos Médicos já veio alertar que é preciso definir as “regras” a cumprir.

Há cerca de um ano, os doentes tiveram de esperar mais de 20 horas para serem atendidos no serviço de urgências do Hospital Amadora-Sintra. A situação poderá ser diferente em 2015.

Segundo o Diário de Notícias (DN), a administração pondera mudar a forma de pagamento aos médicos durante o período de inverno, mais precisamente durante a fase crítica da gripe. Ao invés de receberem à hora, os clínicos irão receber por cada doente atendido.

A medida está prevista no plano de contingência e visa evitar a falta de médicos numa altura em que se prevê um aumento do afluxo às urgências.

O hospital até porque pode nem avançar com a medida, “caso haja uma época de gripe sem grandes problemas”.

Desde 2 de novembro que o Hospital Fernando da Fonseca (mais conhecido por Amadora-Sintra) avançou com uma iniciativa diferente: está a pagar um bónus aos médicos que dão apoio ao novo serviço de internamento.

Para já, segundo o DN, a administração estará a medir a reação dos clínicos. Um médico, citado pelo jornal, revelou que os colegas “foram contactados para saber se estavam interessados” na mudança da forma de pagamento.

“E, além de assistirem os doentes habituais, recebem um pagamento por cama para também observarem os doentes desde serviço, o que significa que o podem fazer no mesmo tempo de serviço”, acrescentou.

Quem já garantiu estar de acordo é a Ordem dos Médicos, porque a medida “facilita a contratação” de novos profissionais.

Porém, alertou o bastonário José Manuel Silva, é preciso ter cuidado com “as perversidades”, como os médicos “chamarem mais doentes menos graves e mais rápidos”.

O responsável salientou que, antes da medida ser aplicada, “têm se ser definidas regras para que o modelo seja exequível”, até porque não acredita que “um médico queira atender um doente mais rapidamente só para ganhar mais uns euros”.

“Desde logo,” explicou, “porque se cometer um erro é responsabilidade sua e qualquer erro pode pôr em causa a sua vida profissional”.

No plano de contingência do Hospital Amadora-Sintra estão ainda previstas medidas como “reforço da remuneração ou o recurso a médicos de família”, segundo o DN.

“São tudo situações contempladas pela lei e que têm como objetivo prevenir as situações que ocorreram em 2014”, explicou uma fonte, citada pelo jornal: “Temos de nos munir dos mecanismos necessários”.

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