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Guterres quer reunião para discutir a degradação e incêndios da Amazónia

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, abordou hoje a possibilidade de organizar uma reunião à margem da Assembleia Geral que ocorrerá em setembro para tratar dos incêndios e da degradação da Amazónia.

“A situação na Amazónia é, claramente, muito séria”, disse Guterres em entrevista coletiva à margem de uma conferência sobre desenvolvimento africano realizada em Yokohama, no Japão.

Na terça-feira, 1044 novos incêndios foram registados em todo o Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No total, mais de 80 mil incêndios florestais foram registrados no país desde o início do ano – o mais alto índice desde 2013 – mais da metade dos quais está na Amazónia.

“Apelamos energicamente à mobilização de recursos e entramos em contato com os países para ver se poderia haver uma reunião dedicada à mobilização de apoio à Amazônia durante a Assembleia Geral [da ONU], programada para 20 de 23 de setembro em Nova York”, afirmou Guterres.

O Brasil passou a demostrar abertura para receber ajuda financeira estrangeira para combater incêndios na Amazónia, desde que o Governo tenha o controlo dos fundos, embora tenda rejeitado uma oferta do G7.

O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro assinou um decreto na quarta-feira que proíbe queimadas agrícolas em todo o Brasil por 60 dias, na tentativa de conter a propagação dos incêndios diante da crescente pressão internacional.

“Penso que a comunidade internacional deve mobilizar-se fortemente para apoiar os países da Amazónia a fim de acabar com os incêndios o mais rápido possível por todos os meios possíveis e, em seguida, levar a cabo uma política abrangente de reflorestamento. Não fizemos o suficiente até agora”, avaliou Guterres.

O Peru e a Colômbia propuseram aos países da região amazónica uma reunião de emergência em 6 de setembro para coordenar medidas para proteger a maior floresta tropical do mundo.

A floresta amazónica desempenha um papel vital na regulação dos climas regionais e globais, e sua destruição, mesmo parcial, não aconteceria sem consequências sobre as temperaturas e a biodiversidade.

O número de incêndios no Brasil aumentou 83 por cento este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.

Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278 por cento em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.

Lusa

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