Guilherme Leite: “Se fosse do Bloco, pintava a cara de preto, com vergonha, ou nem saía à rua”

Guilherme Leite não perdoa ao Bloco de Esquerda por não ter apoiado Marco Almeida (PSD/CDS) e aproveitou a polémica do financiamento dos partidos para o recordar. “É uma vergonha. Se fosse a Catarina Martins, as Mortáguas, pintava a cara de preto para sair à rua”.

Em direto nas redes, o ator lembrou que o BE votou a favor das alterações à lei de financiamento dos partidos, a par do PSD (e PS, PCP e PEV).

“A justificação do Bloco de Esquerda foi que apenas o fez por uma questão de convergência. Convergência! Folgo em saber que o Bloco de Esquerda admite convergir com o PSD”.

“Fico realmente… contente, satisfeito por terem admitido que convergem com o PSD”, continuou Guilherme Leite, lembrando o que aconteceu “há três meses”, referindo-se às autárquicas em Sintra.

“Parecia ser um escândalo para o Bloco haver uma pessoa [apontando para ele mesmo] que se identifica totalmente com os ideais de esquerda apoiar em Sintra o Marco Almeida. Eu limitei-me a apoiar a pessoa que mais bem preparada está para ser presidente da Câmara de Sintra. Eu não disse estava, disse está, porque continua a ser o mais bem preparado”.

“O Bloco de Esquerda não conseguiu convergir [com o PSD] pelo melhor de Sintra, mas parece que consegue convergir pelo melhor para o próprio partido. É uma vergonha”, insistiu.

“Eu, se fosse do Bloco de Esquerda (já fui de um dos partidos que lhe deu origem), pintava a cara de preto, hoje, para sair à rua. Eu se fosse a Catarina Martins, as Mortáguas, pintava a cara de preto para sair à rua. Ou de azul, ou de vermelho, tanto faz, ou enfiava-a num carapuço. Ou não saía à rua com vergonha, que era mesmo o melhor”.

“Fugiu-lhes a boca para a verdade”, concluiu Guilherme Leite: “Votaram naquilo para convergir”.