A União Europeia (UE) e os Estados Unidos não têm dúvidas de que a Rússia está a apoiar, sobretudo com armamento, os rebeldes separatistas que colocaram o leste da Ucrânia num cenário de guerra civil.
Como retaliação, Bruxelas e Washington respondem com uma guerra económica, aplicando sanções que visam bloquear o setor financeiro, impossibilitando o acesso dos bancos estatais russo à maioria dos mercados financeiros, e a indústria petrolífera dos russos, através da limitação da venda de tecnologias avançadas.
Herman Van Rompuy, o presidente do Conselho Europeu, assinou um comunicado a explicar a ameaça: “o pacote de novas medidas restritivas que foi acordado pela UE representa um sinal poderoso para os líderes da Federação Russa”.
Qual sinal? “Desestabilizar a Ucrânia, ou qualquer outro Estado da Europa de Leste, acarretará custos pesados para a respectiva economia”, continua o texto: “a Rússia vai encontrar-se cada vez mais isolada pelas suas próprias ações”.
“Os russos e os seus voluntários continuam a enviar armas, fundos e militares através da fronteira”, reforçou John Kerry, o secretário de Estado dos EUA: “estas ações não mostram um pingo de evidência de que eles têm desejo de colocar fim ao conflito”.
A decisão da UE e dos EUA já começou a causar estragos. A Rússia cancelou a emissão de obrigações que tinha previsto para hoje, depois de uma subida dos juros da dívida em 9,45 por cento.
“As sanções económicas estão a começar a surtir efeito, mas poderá demorar ainda algum tempo antes das consequências económicas começarem a ter custos políticos domésticos para a Rússia”, salientaram os peritos do Citigroup, citados pela Bloomberg.
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