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Guaidó defende “relação produtiva e de benefício mútuo” com China

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, revelou a aposta numa “relação produtiva e de benefício mútuo” com a China, em entrevista ao diário chinês South China Morning Post, publicada hoje.

Juan Guaidó considerou que “o apoio da China será muito importante na altura de impulsionar a economia e o desenvolvimento futuro” da Venezuela, que, de acordo com o diário de Hong Kong, recebeu um empréstimo da China de cerca de 50 milhões de dólares (43,6 milhões de euros).

O pagamento deste empréstimo concedido ao Governo de Nicolás Maduro preocupa Pequim, dadas as circunstâncias atuais da Venezuela.

O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, e autoproclamado Presidente interino, afirmou ao jornal que “todos os acordos que foram assumidos com a China em conformidade com a lei serão respeitados”, ainda que tenha notado que será assim com “os acordos prévios que foram firmados seguindo o curso correto de aprovação da Assembleia Nacional”.

Guaidó lembrou que “China presenciou o saque dos recursos estatais por parte do Governo de Maduro”, acrescentando que “os projetos de desenvolvimento na Venezuela foram igualmente afetados e estão a falhar por causa da corrupção governamental”.

Ainda em relação à China, Guaidó afirmou que a potência asiática “joga um papel importante pelas suas capacidades e flexibilidade como parceiro comercial”.

Em 24 de janeiro deste ano, a China manifestou apoio ao Presidente da Venezuela Nicolás Maduro, e censurou a “intromissão nos assuntos internos” do país sul-americano por parte dos Estados Unidos e da União Europeia.

Na passada quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês assegurou que Pequim “está mantendo contactos estreitos com todas as partes” do conflito na Venezuela “através de vários canais”.

Em 23 de janeiro, Juan Guaidó autoproclamou-se Presidente interino da Venezuela perante uma multidão de opositores de Nicolás Maduro, prometendo um “governo de transição” e “eleições livres”.

Após eleições, em que estiveram ausentes as principais forças da oposição, Maduro foi investido, em 10 de janeiro, para um segundo mandato como chefe de Estado e de Governo, cuja legitimidade não foi reconhecida por grande parte da comunidade internacional.

Neste cenário, a Venezuela enfrenta uma crise política que já levou vários países europeus, incluindo Portugal, a lançarem um ultimato ao Presidente Nicolás Maduro, para anunciar a convocação de eleições presidenciais, e que se esgota domingo.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social desde 2015, que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.

Na Venezuela, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

Lusa

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Lusa

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