Greve dos enfermeiros: Governo ameaça com faltas e os médicos com trabalho… de enfermeiro

Os enfermeiros especialistas estão a ser alvo de ameaças por parte do Governo e dos médicos. A tutela prometeu classificar a greve como “falta injustificada” e “ilícito contratual”, enquanto os médicos asseguram que na falta dos enfermeiros vão eles fazer esse serviço.

Em causa está a greve agendada para entre os dias 11 e 15 de setembro por enfermeiros ‘ex-especialistas’. Os profissionais que vão aderir à paralisação são enfermeiros ‘simples’, pois mandaram suspender os títulos de especialista.

Sem o reconhecimento dos títulos, os profissionais não poderão exercer as funções de enfermeiros especialistas. E aqui é que reside o motivo para o protesto, pois os enfermeiros alegam que estão a cumprir serviço de especialista sem o reconhecimento devido (a nível de remuneração e de carreira).

Para agravar a tensão, o Governo ameaçou que os enfermeiros em greve vão ter uma “falta injustificada”.

Em comunicado, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) avisou que “a recusa, por enfermeiros detentores de formação especializada, de prestação de atos de enfermagem que integram a respetiva especialidade” configura “incumprimento do contrato, podendo dar origem a faltas injustificadas em virtude da entidade empregadora poder recusar a prestação do trabalho com fundamento na exceção do não cumprimento do contrato, com as inerentes consequências em termos de ação disciplinar”.

Nada que preocupe os enfermeiros – afinal, alegam que os vínculos existentes não reconhecem essa integração na “respetiva especialidade”.

A segunda ameaça aos enfermeiros surgiu da parte de outros profissionais de saúde: os médicos.

Alegando que não se pode “deixar as grávidas desprotegidas”, o bastonário da Ordem dos Médicos revelou que estes estão prontos a desempenhar uma especialidade de enfermagem (saúde materna) durante a greve, nomeadamente nos blocos de parto.

“Se for necessário, os médicos não vão deixar as grávidas desprotegidas”, garantiu Miguel Guimarães, exigindo que os hospitais “criem as condições de trabalho necessárias” para que os médicos possam ser enfermeiros.

E, acrescentou, talvez contratar mais médicos para desempenhar enfermagem: “Os hospitais vão ter de reforçar o seu capital humano em termos de médicos de obstetrícia”.

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