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Governo e professores da Guiné-Bissau chegam a acordo, aulas começam na quarta-feira

Os professores das escolas públicas da Guiné-Bissau assinaram hoje um acordo com o Governo e anunciaram que vão retomar as aulas na quarta-feira, após quatro meses de greves para reclamar o pagamento de salários em atraso.

Enquadrados por três sindicatos da classe, os professores também reclamavam do Governo a efetiva implementação do Estatuto da Carreira Docente (ECD), recentemente promulgado pelo Presidente guineense, José Mário Vaz.

Os três sindicatos (Sinaprof, Sindeprof e Siese) rubricaram um acordo de entendimento com o ministro da Educação, Camilo Simões Pereira, na presença do primeiro-ministro, Aristides Gomes, dos líderes das centrais sindicais do país, de organizações juvenis e de pais e encarregados de educação dos alunos.

Domingos de Carvalho, porta-voz dos três sindicatos, assinalou que “felizmente hoje, assinou-se um acordo com o Governo” e que a partir de quarta-feira as aulas serão retomadas nas escolas públicas, caindo por terra a quarta vaga de greve que estava em curso.

O sindicalista revelou que não foi possível alcançar entendimento em todas matérias da reivindicação dos professores, mas destacou que o executivo vai pagar os salários em atraso dos professores contratados e novos ingressos no sistema e aceitou fixar um calendário para o pagamento de todas as dívidas atrasadas.

Domingos de Carvalho disse que os sindicatos compreendem o facto de estar em processo de publicação no Boletim Oficial (equivalente ao Diário da República) o Estatuto de Carreira Docente e aceitaram aguardar pela sua efetiva aplicação.

Os sindicalistas apelaram a todos os professores para regressarem às salas de aula a partir de quarta-feira, salientando que as crianças não podem continuar a ser prejudicadas.

“As crianças são nossos filhos. São o futuro deste país, devemos pôr um ponto final nesta greve”, observou Bunghoma, salientando que os professores foram empurrados para a greve pelo Governo.

Por seu lado, o secretário-geral da central sindical União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, enalteceu o facto de “com o diálogo sério” as partes terem alcançado um entendimento, enquanto Gueri Mendes, em representação das organizações juvenis, agradeceu a abertura entre as partes.

Com as greves dos professores do ensino público, em vigor desde a abertura do ano letivo, em outubro, até o Presidente guineense, José Mário Vaz, tentou mediar os sindicatos e o Governo, mas não teve sucesso.

Nos últimos dias, alguns professores ainda tentaram dar aulas, mas os alunos não compareceram às salas, alegando o clima de desentendimento entre os docentes.

Lusa

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