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Governo da Venezuela rejeita apelo da UE sobre expulsão de embaixador da Alemanha

O governo venezuelano de Nicolás Maduro reiterou hoje a ordem de expulsão ao embaixador da Alemanha naquele país, recusando o apelo da União Europeia para “reconsiderar” a sua decisão.

“O ex-embaixador da Alemanha na Venezuela foi declarado ‘persona non grata’ em estrita conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Tudo indica que o seu errático serviço de assessoria jurídica necessita de alguns ajustes”, escreveu Jorge Arreaza, ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, na rede social Twitter, em resposta à chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.

A União Europeia condenou “firmemente” a expulsão do embaixador da Alemanha na Venezuela, Daniel Kriener, declarou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em nome dos Estados-membros.

Num comunicado no qual expressa “total solidariedade” para com a Alemanha, a Alta Representante da UE para a Política Externa estima que “medidas que dificultam o trabalho diplomático apenas contribuem para o escalar das tensões e para minar uma solução política para a crise.

A Venezuela declarou, na quarta-feira, ‘persona non grata’ o embaixador da Alemanha em Caracas, acusando-o de “recorrentes atos de ingerência” nos assuntos internos e dando-lhe 48 horas para sair do país.

“Concede-se ao Sr. Kriener um período de 48 horas para deixar o território da República Bolivariana da Venezuela”, segundo um comunicado do Ministério de Relações Exteriores venezuelano.

A medida é justificada com a alegada ingerência do diplomata alemão nos assuntos internos do país.

O presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó, considerou que a expulsão de Kriener constitui uma “ameaça” por parte de um “regime” que não possui qualidades.

Kriener encontrava-se entre os embaixadores que receberam na segunda-feira Guaidó no seu regresso à Venezuela. No grupo de diplomatas figurava igualmente o embaixador de Portugal na Venezuela, Carlos Nuno Almeida de Sousa Amaro.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

Lusa

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